A. S. Kremer
O investigador de polícia Cândido é recrutado pelo chefe de uma nova agência de segurança para um trabalho extraordinário, acompanhar os passos de uma pessoa chamada Leoni e produzir um relatório com sua rotina. Inicialmente ele não sabe a razão e nem as implicações da tarefa que lhe é delegada e a leva adiante em meio a dor provocada pela morte de sua filha e o estremecimento da relação com a esposa.
Quando Leoni desaparece, Cândido questiona-se sobre a natureza da agência para a qual presta serviços e do novo governo que a criou. Entre lembranças da filha e as inquietações provocados pelo fim do casamento, ele investiga o desaparecimento e tem contato com um universo de referências novo, o que faz com que interprete as coisas que acontecem ao seu redor e a natureza do governo recém-instalado com mais clareza.
Ele percebe que há uma convergência entre os acontecimentos que levaram a morte de sua filha e a ascensão do novo líder político, há culpados. Em última instância há um culpado e sente-se compelido a agir.
A. S. Kremer
Vivências, lembranças, interpretações, sonhos e fantasias se entrelaçam no romance de estreia de A. S. Kremer, formando um painel que se revela, aos poucos, uma delicada investigação sobre identidade, consciência e memória.
MACUNAÍMA, O HERÓI SEM NENHUM CARÁTER
Mário de Andrade
A obra Macunaíma é um marco do modernismo e um clássico da literatura brasileira. Mário de Andrade se impôs a tarefa de retratar a identidade nacional, através de uma linguagem que incorpora elementos da mitologia indígena, das lendas e tradições de todo o Brasil, que ao mesmo tempo afronta e enriquece a tradição literária vigente no Brasil dos anos 1920.
Donald Malschitzky
Primeira Poesia reúne os livros Grafite e Cabeça de Vento, publicados por Donald Malschitzky no início dos anos 1990. Estas duas primeiras obras trazem as marcas de um tempo, segundo as palavras do autor, de inspiração mais irresponsável e de coragem para “deixar a alma (ânima) falar sem algemas”.
João do Rio
As ruas conduzem, demarcam, formam e transformam. Nelas uns ganham a vida (nem sempre de forma honesta), outros vagabundeiam. As ruas são locais de esperança e de desilusão, onde olhares furtivos se transformam em flerte, em amor e desamor. Elas são como nossas artérias: dão vida e pulso às cidades. E ambíguas, complexas, generosas, as ruas também inspiram. Com rara sensibilidade e inspirado nas ruas do Rio de Janeiro do início do século XX, João do Rio apresenta neste clássico um instantâneo da alma brasileira.
Aluísio Azevedo
Nesta narrativa curta, Aluísio Azevedo nos leva para um mundo envolto em trevas, onde a morte ceifou todas as criaturas, exceto o narrador e sua noiva. O que vemos em seguida é o autor lançar seu herói e sua heroína em um mundo em decomposição, e eles mesmos enfrentarem um processo evolucionário às avessas. Tudo isto narrado de forma magistral para, ao final, no derradeiro parágrafo, o autor nos surpreender com nova revelação que muda a compreensão do que acabamos de ler.